Quanto vale um pedaço de muro de uma estrutura de armazenamento de água da época romana, por acaso impropriamente chamada de "Tanque dos Mouros"?
Não faço ideia.
Imagino que, à semelhança do que acontece com muitas outras coisas (o preço do metro quadrado dos terrenos, o preço da água, etc...) depende do lugar onde se encontre.
Em alguns países já vi ruínas bem mais insignificantes serem objecto de protecção e conservação patrimonial, serem divulgadas como elemento da cultura de um povo, serem valorizadas como objecto turístico.
Mas em Estremoz é assim: destruído com a construção da EN4, o "Tanque dos Mouros" foi aos poucos esquecido até restar apenas alguns pequenos trechos arruinados da sua antiga estrutura.
A sua recuperação ainda fará sentido? Imagino que, interrogada a este respeito, a esmagadora maioria dos estremocences dirá que não. Presumo que, à pergunta inicial: "quanto vale esse pedaço de muro", responderiam: nada.
De quem é a culpa?