O traçado da variante de Estremoz está, para alguns, condenado a fazer-se pelo corredor agora chumbado.
Isto, pela simples razão de que o nó de ligação à A6 já está construído (a poente) e seria por isso, "dificilmente defensável a construção de uma nova saída".
Outros, impantes de bairrismo serôdio, tão triste quanto ridículo, aproveitam a "deixa" para espicaçar ódios de estimação, insinuando que, se a solução não for a que contemple o nó já construído, Estremoz corre o risco de perder a ligação ao IP2 em detrimento de Borba, para onde passaria a ligação deste itinerário principal à A6.
Estas posições partem de um pressuposto errado: o de que Estremoz só tem direito a um nó de ligação à A6.
Ao contrário de Montemor (que tem 2). Ao contrário de Elvas (que tem 4!).
Argumentar-se-á que a proximidade entre os nós de Estremoz e Borba não deixa espaço para um nó intermédio.
Pois bem: aqui vai uma ajuda. Meça-se a distância entre os nós extremos de Elvas. A mesma que existe entre Estremoz e Borba.
Entre os nós de Elvas poente e Elvas nascente foi possível construir mais 2 nós.
Porque não será então possível construir um novo nó, para melhor servir Estremoz?
Porque terá Estremoz de pagar o preço do erro inicial cometido pelas Estradas de Portugal/BRISA assistindo, impávida e serena, à sua consumação através de novo erro, agora esmagador para as legítimas aspirações de desenvolvimento sustentável da cidade?
É por isso, a meu ver, surpreendente e até penoso, verificar tamanha unanimidade entre os principais partidos políticos representados em Estremoz, na inevitabilidade da aceitação das soluções impostas de cima. E o murmurar sediço daqueles que têm por missão repetir o que lhes é ditado pelos "laços de família"...