segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Morangos em Novembro

Ao colher mais alguns morangos da minha horta dei-me a pensar no tempo que faz.

Verão de S. Martinho, dirão alguns.

Não chove há mais de um mês. A terra está ressequida. Esboroa-se a golpes de enxada, espalhando a poeira de Agosto.

Veio-me à memória as enxurradas de Novembro de 1997. Dos mortos na Funcheira, no Carregueiro, em Garvão. Dos mais de 100 litros por metro quadrado caídos entre as 9 horas de 5 de Novembro e as 9 horas de 6 de Novembro. Dos mais de 4.000 metros cúbicos por segundo do caudal do Guadiana à entrada de Portugal.

É assim que estamos: divididos entre extremos. À mingua, mas receosos da fartura.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

This is the end, beautiful friend, this is the end, my only friend, the end

Ok, desisto.

Eu próprio vi, com os meus olhos. Os carros amontoavam-se por todo o lado. O estacionamento (amplo) abarrotava. Os passeios em volta, apinhados. Carros por todo o lado, a dezenas (centenas?) de metros de distância.

Foi sábado à tarde. As pessoas estavam satisfeitas dentro do supermercado. Rostos conhecidos rejubilavam. Ninguém reparou que os preços aqui estavam bem mais altos que no Pingo Doce (passe a publicidade).

As pessoas têm o que querem. E o Belmiro também.

Vou fazer um luto prolongado. Talvez até nem volte. Estou certo que quase ninguém dará pela falta.

E desculpem o tempo que lhes tomei.

(a imagem foi roubada dos Brados online, também eles convertidos aos benefícios do templo consumista)