De então para cá, por incrível que pareça, essa barreira não só não se desvaneceu como se acentuou.
É uma linha, que não é imaginária, mas bem real. Uma linha de caminho de ferro. Inaugurada em Dezembro de 1873 e actualmente desactivada.
É o "muro de Berlim", a "cortina de ferro" estremocence. A oeste, a cidade "livre". A leste, o que se convencionou chamar de Zona Industrial. Ocupação caótica, sem qualidade urbanística, sem arruamentos decentes em alguns casos, pejada de entulhos.
Divide a cidade como uma facada. Quilométrica. Bem evidente na imagem do Google Earth.
É, ao mesmo tempo, um desafio formidável para quem tem a responsabilidade do planeamento urbano da cidade. Do ordenamento e do ambiente. Quem o resolver merece uma estátua. Junto à estação do caminho de ferro. Ou em local mais nobre.
Talvez o novo Plano Director Municipal tenha a chave da solução. Ou talvez não.