quarta-feira, 4 de julho de 2007

E agora, o DEBATE

A notícia em primeira mão:

Debate público a 13 de Julho no Pólo da Universidade
Estremoz: nova associação ambiental
discute traçado do IP2


Um grupo de cidadãos vai promover no próximo dia 13 de Julho, no Pólo de Estremoz da Universidade de Évora (Centro de Ciência Viva), pelas 21,30 horas, uma sessão pública para debater o traçado do IP2, de forma a que este sirva uma estratégia de desenvolvimento sustentável da cidade e do concelho.


A associação em constituição adoptará o nome de São Brissos - Cidadãos pelo Ambiente e Desenvolvimento de Estremoz e nasce da contestação ao traçado proposto pela Estradas de Portugal, que na perspectiva dos promotores compromete grave e irreversivelmente o equilíbrio ambiental e patrimonial de Estremoz.

Para este debate aberto, foram convidados representantes da Câmara Municipal de Estremoz, da Estradas de Portugal, da Agência Portuguesa do Ambiente, da GEOTA e da Quercus.

Questões como a inexistência de estudos alternativos e comparativos de impactos à actual proposta, tanto em termos financeiros como ambientais, o comprometimento da enorme reserva de água pelo actual traçado, a destruição de vários hectares de montado, de vinhas emblemáticas e de uma mancha de oliveiras centenárias em São Brissos - considerada pelas entidades competentes única no distrito de Évora e recentemente classificada pelo próprio Estado como de interesse público - são alguns dos temas que se pretende ver já discutidos.
O debate visa defender os interesses de Estremoz na escolha de um traçado da circular à cidade, obra de interesse indiscutível, mas que deverá contemplar um equilíbrio entre os custos/benefícios dos pontos de vista económico, financeiro e ambiental.


Na discussão do tema IP2 várias questões fundamentais para o futuro de Estremoz se encontram em aberto. Por exemplo: pretende-se uma auto-estrada, que terá como efeito afastar os seus utilizadores de Estremoz, ou pelo contrário, o objectivo é tirar o trânsito do centro, mas manter uma proximidade com vários acessos, suficientemente convidativos para trazer os viajantes ao centro de Estremoz?

Um travão ao desenvolvimento de Estremoz?
Para os promotores desta Associação é fundamental que estas questões sejam debatidas de forma clara e ampla, para que as opções a tomar sobre esta obra, fundamental para o desenvolvimento de Estremoz, não se tornem num travão a esse mesmo desenvolvimento. Um desenvolvimento que, segundo as linhas programáticas aprovadas pela própria autarquia, escolhe temas como a gastronomia, a enologia, o artesanato, os roteiros históricos, os roteiros de ecoturismo ou o vasto património como factores de valorização da oferta estremocense e que, para os promotores desta discussão, ficarão gravemente afectados com o traçado proposto para o IP2.


Aliás, o traçado em causa compromete a própria estratégia definida pela autarquia de Estremoz, a qual defende o desenvolvimento sustentado da cidade, potenciando os recursos patrimoniais, culturais, naturais e ambientais e promovendo a criação de riqueza, a melhoria da qualidade de vida e a abertura da cidade ao exterior.

Do núcleo dinamizador desta associação – cujo nome é inspirado pela imperiosa necessidade de preservar o conjunto de oliveiras de São Brissos - fazem parte Norberto Souto, Maria João Soares, Carlos Costa, Maria de Fátima Borralho, Jorge Anjinho, Henrique Reynolds de Sousa, Carlos Sarmento Matos, Carlos Torrinha, Armando Silva Cunha, Isabel Silva Cunha, Madalena Martins, João Portugal Ramos e Marta Cabaço.

Agenda 21 Local
Além da questão do IP2, a pró-associação São Brissos pretende ser um espaço de discussão sobre temas de interesse para o concelho de Estremoz.


Uma das prioridades já identificadas é ajudar a definir e a levar à prática uma Agenda 21 Local, um processo participativo e multisectorial que envolva organizações não governamentais, autarquia e cidadãos para a melhoria significativa da qualidade de vida da população.



Para mais informações contactar:
Carlos Sarmento Matos (939239725)